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quarta-feira, 8 de agosto de 2018



Terceira idade ou Melhor idade



Muitas pessoas acabam esquecendo dos seus entes queridos quando chegam uma certa idade. Alegam não ter tempo pois trabalham demais, outros são jovens demais para perder tempo e por ai vão surgindo desculpas. Alguns são deixados pela famílias em abrigos. Certa vez estava em um hospital acompanhando minha mãe que estava internada, numa véspera de Natal e presenciei uma senhora sendo deixada em um dos quartos do hospital por sua filha, a mesma disse que não podia ficar por causa das festas de final de ano, abandonando a Sra. no quarto. Muitas acompanhantes de pacientes que ali estavam, acabaram se solidarizando com a Sra. que era bem idosa e auxiliaram as enfermeiras no cuidado com a idosa. Muitos dos idosos que vão para abrigos não chegam a receber visitas nem em datas comemorativas, como aniversários, Natal, Páscoa, dia das mães, pais etc. Tanto deu à sociedade, e agora, se depara com um resto de vida de quase clausura, ou seja, fechados e afastados do mundo. Cada vez aumenta mais o n° de pessoas e familiares que se tornam invisíveis ainda estando vivos. A expressão "uma mãe é para mil filhos, mas mil filhos não são para uma mãe" parece exagero, mas quando observamos o abandono afetivo que se instalou dentro de muitas famílias essa triste realidade se torna cada vez mais presente. Deveríamos lembrar que a passagem do tempo tem seus efeitos sobre todos nós, não tem como escapar. Além disso estudos apontam (2017), que o Brasil está em 56.º lugar no ranking dos melhores países do mundo para os idosos viverem.

Conforme pesquisa, o Brasil ainda falta muito para ser um paraíso para a terceira idade. A falta de segurança pública, a má qualidade do transporte urbano são os principais desafios do país para garantir o bem-estar da sua população idosa. As dificuldades de acessibilidade e locomoção no meio urbano, inclusive, podem levar o idoso a desencadear problemas de saúde. Por não se sentir acolhido e não encontrar espaços para exercer sua cidadania, alguns preferem não sair de casa para não ter de enfrentar as inúmeras dificuldades de deslocamento. Mesmo com todos esse problemas temos histórias de pessoas que se dedicam a ajudar os idosos. Noutro dia li um artigo de um rapaz que virou ‘neto de aluguel’  e ajuda idosos no Sul do país. Ele adaptou seu Fiat Doblô e leva idosos ao banco, ao supermercado, a consultas médicas, para passear, ou se encontrar com amigos e familiares. Apesar de ser um serviço pago, é gratificante saber que através de uma oportunidade tem uma boa ação.
Temos também, o relato de um companheiro, que está ensinando seu tio de 75 anos a entrar no mundo digital e das redes, isso fez com que ele deixasse de tomar remédios  antidepressivo. O idoso mora com outro irmão de 85 anos, não casaram e nem tiveram filhos e os únicos que eles confiam é nele e em uma prima. Diz ele: “Achei q era só uma força...que diga-se de passagem, foi a mãe que me ofereceu para ajudar rsrs… já fazem 2 anos”.

São relatos e ações como essas que nos dão esperança e ânimo para acreditar que ainda existem pessoas de coração bom e que se preocupam com o próximo.

Abaixo segue o vídeo com o texto que me levou a reflexão e a escrita desta postagem. Além de um da troca de idéias com meus companheiros de blogue.


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