Total de visualizações de página

sexta-feira, 6 de julho de 2018

As faces de Frida



Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, nasceu em Coyoacán, no México, no dia 6 de julho de 1907. Uma mulher a frente de seu tempo. Apaixonada pela arte e motivada pela intensidade inerente à vida, Frida se transformou em um ícone do surrealismo e do universo feminino na década de 50. E fez com que sua força se perpetuasse no tempo.
A inspiração de Frida para suas pinturas e fotografias, vieram de suas angústias e dificuldades em lidar com sua própria condição. Quando criança, Frida contraiu poliomielite que deixou uma lesão no seu pé esquerdo, e ganhou o apelido de 'Frida perna de pau'.
Cheias de cores e ricas em elementos florais, as roupas de Frida Kahlo viraram tendência e ícones de estilo e até ganharam exposição e livro só para elas.
Enquanto, na verdade, sua autenticidade era uma forma de esconder suas deficiências provocadas pelo acidente, em 1925, e pela poliomielite que teve quando pequena, que deixou sequelas em seu pé esquerdo. Seus sapatos, inclusive, eram adaptados exclusivamente para ela, com um salto maior do que o outro para nivelar sua altura. Seus 'corpetes', na verdade, eram coletes ortopédicos.
Na maioria de suas obras, Frida se autorretratou: as angústias, as vivências, os medos e principalmente o amor incondicional que sentia pelo marido, o pintor e muralista mexicano, Diego Rivera, com quem batalhou para se casar em 1929, um homem mais velho - e sua família, de certa forma, tentou se opor a isso.Os dois viveram de forma intensa um relacionamento difícil de explicar (e muitas vezes abusivo) até para pesquisadores.
Após muitos altos e baixos na carreira e na vida ao lado de Diego Rivera, Frida sofreu três abortos uma de suas litografias mais famosas reflete a imagem de uma mulher sendo anatomicamente estudada. Em outras, ela explorou o anseio em se tornar mãe de outra forma: expressando o nascimento de si mesma e talvez, confortando sua desilusão ao se pintar como uma criança no colo de uma mulher. Tudo em nome da superação da dor infinita de não poder ser mãe.
Amigos de revolucionários da época, Frida e Diego chegaram a abrigar um dos ícones da revolução russa em casa: Leon Trotsky, sua mulher e netos foram acolhidos pelo casal. O que é menos sabido é que Trotsky e Frida tiveram um romance que durou quase um ano e havia recém terminado quando Rivera o descobriu.
Na madrugada do dia 13 de julho de 1954, Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon foi encontrada morta dentro de casa. Ela tinha 47 anos.
As últimas palavras foram encontradas em seu diário: "Espero alegre a minha partida – e espero não retornar nunca mais". O caderno com diversas anotações secretas da artista virou livro.
Após a morte da pintora, Diego Rivera exigiu 15 anos de segredo para os pertences do casal. No entanto, ele morreu três anos depois e deixou Dolores Olmedo, uma colecionadora de arte, como administradora de seu acervo e ela se recusou a dar acesso às peças até para o Museu Frida Kahlo.
Somente após sua morte, em 2004, os objetos foram desbloqueados e formaram a exposição sobre as roupas e pertences de Frida nunca antes vistos pelo público.



Nenhum comentário:

Postar um comentário