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sábado, 12 de maio de 2018

A história das festas juninas






As festas juninas surgiram há centenas de anos, na Antiga Europa, onde ocorriam durante o solstício de verão para comemorar o início da colheita e eram organizadas pelos celtas, egípcios e outros povos. No início, as festas eram chamadas de “junônias”, porque uma das deusas homenageadas era Juno, esposa de Júpiter.

Com a crescente influência da Igreja Católica no continente europeu e pela data da festa coincidir com o nascimento de João Batista, as comemorações passaram a se chamar “joaninas”, rendendo homenagens aos três santos do mês.Os primeiros países a comemorar a festa foram Portugal, Itália, França e Espanha.

Os portugueses foram os responsáveis por trazer a festa junina ao Brasil, durante o período colonial. Os índios que habitavam nas terras brasileiras realizavam rituais para celebrar a agricultura na mesma época de junho. Com a chegada dos jesuítas, as festas se uniram e, na culinária, os pratos passaram a usar os alimentos nativos, como o milho e a mandioca.

Nessa época, ainda havia uma grande influência da cultura dos portugueses, chineses, espanhóis e franceses.Da França veio a dança marcada que influenciou as quadrilhas; a tradição de soltar fogos de artifício veio da China; e a dança de fitas teria vindo de Portugal e da Espanha.

As festas juninas homenageiam três santos católicos: Santo Antônio (no dia 13 de junho), São João Batista (dia 24) e São Pedro (dia 29). No entanto, a origem das comemorações nessa época do ano é anterior à era cristã. No hemisfério norte, várias celebrações pagãs aconteciam durante o solstício de verão. Essa importante data astronômica marca o dia mais longo e a noite mais curta do ano, o que ocorre nos dias 21 ou 22 de junho no hemisfério norte.
 Diversos povos da Antiguidade, como os celtas e os egípcios, aproveitavam a ocasião para organizar rituais em que pediam fartura nas colheitas. “Na Europa, os cultos à fertilidade em junho foram reproduzidos até por volta do século 10. Como a igreja não conseguia combatê-los, decidiu cristianizar-los, instituindo dias de homenagens aos três santos no mesmo mês”,

As festas juninas ocorrem nos quatro cantos do Brasil, no entanto, na região Nordeste elas ganham maior expressão. Estas festas podem ser divididas entre aquelas que acontecem na Região Nordeste e aquelas do Brasil caipira, que são inspiradas no estado de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e norte do Paraná. As festas juninas mais tradicionais acontecem em Caruaru (PE) e Campina Grande (PB), existindo inclusive uma leve rivalidade entre os dois estados.

As tradicionais festas juninas brasileiras incluem a fogueira, a quadrilha, as promessas e simpatias para os santos e os comes e bebes. O termo “quadrilha” vem de uma dança de salão francesa denominada quadrille que, ao chegar ao Brasil, se popularizou e se fundiu com as danças que já existiam nestas terras.

O curioso é que os índios que habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses também faziam importantes rituais durante o mês de junho. Apesar de essa época marcar o início do inverno por aqui, eles tinham várias celebrações ligadas à agricultura, com cantos, danças e muita comida. Com a chegada dos jesuítas portugueses, os costumes indígenas e o caráter religioso dos festejos juninos se fundiram. É por isso que as festas tanto celebram santos católicos como oferecem uma variedade de pratos feitos com alimentos típicos dos nativos. Já a valorização da vida caipira nessas comemorações reflete a organização da sociedade brasileira até meados do século 20, quando 70% da população vivia no campo.



O que não Pode Faltar na Festa?


Comidas e Bebidas
Os quitutes mais tradicionais da festa junina são: pipoca, paçoca, pé de moleque, canjica, cachorro-quente, pamonha, curau, bolo de milho, arroz-doce, pinhão, cuscuz e tapioca. Já as bebidas mais tradicionais são: vinho quente e quentão.


 


Danças
Nas festas juninas ouve-se e dança-se forró. A quadrilha é, todavia, a dança típica da festa. Ela tem origem nas danças de salão na França e consiste numa bailada de casais caracterizados com vestimenta tipicamente caipira.
Uma coreografia chamada de casamento caipira é feita em homenagem a Santo Antônio, o santo casamenteiro.




Balões e Fogueira
Os balões são tradicionais, embora atualmente existam restrições por questões de segurança. Tradicionalmente, a soltura de balões indica o início das comemorações.
A fogueira também faz parte do cenário da festa. De origem pagã, ela simboliza a proteção contra os maus espíritos.




Brincadeiras
Brincadeiras como a cadeia, pau de sebo, pescaria, correio-elegante, saltar a fogueira, argola, entre outros, não podem faltar. Estão incluídas também as simpatias - que acabam carregando um pouco do tom de divertimento.



Fontes: Toda Materia , R7 e Mundo Estranho





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